quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Atividades Integradoras


Por Geraldo Seara

A nossa caminhada em Educação, atuando na Rede Anísio Teixeira, principalmente na formação de estudantes e professores, nos tem deixado mais conscientes da importância da diversificação de atividades no interior das escolas que promovam a integração dos saberes ali construídos. Há muitos colegas que concordam com isso e que transformam em notas o desempenho dos estudantes nessas outras atividades, mesmo sem sua supervisão direta, por perceberem o ganho na sala de aula, quando eles retornam.

Esta semana, realizamos uma avaliação com os estudantes (de várias escolas) que foram preparados pela Rede AT, para realizarem a cobertura colaborativa do 4° Encontro Estudantil. Pretendíamos ver, pelos olhos e ouvidos deles, o mundo que se reuniu na Arena Fonte Nova, naqueles 3 dias. Na avaliação, ouvimos que alguns de seus professores lhes atribuíram notas, por terem participado do evento. Parabenizamos os colegas pelo reconhecimento da importância das atividades extra-classe, nas quais o conhecimento construído na sala de aula pôde ser posto em prática. Abaixo, um dos trabalhos desses jovens.



No curso de Interpretação para TV e Produção de Vídeos Estudantis não é diferente. Realizado em Salvador e em algumas cidades do interior do estado, o resultado é sempre surpreendente, confirmando que precisamos, cada vez mais, de atividades integradoras, que promovam descobertas dos significados de estudar. Que os estudantes percebam, na prática, a razão de existir dessa ou daquela disciplina do currículo escolar.

Trago, como exemplo, o ocorrido na formação realizada em Formosa do Rio Preto na qual um estudante apresentou uma certa dificuldade na interpretação do papel do rei Henrique VIII. O jovem foi orientado a pesquisar sobre o famoso rei e isso resultou num melhor desempenho. Ou seja, o conhecimento sobre um fato histórico contribuiu na construção da personagem. Assim, a depender do papel a interpretar ou da função a desempenhar na equipe de produção, os estudantes são levados a pesquisar, até porque são eles que escrevem o roteiro e providenciam os elementos cenográficos necessários.

Os educadores que participam da formação ratificam isso. Nas palavras da professora Jucileide Teixeira (vide documentário abaixo), do Colégio Estadual Frei José da Encarnação, Jacobina, "o curso atua naquilo que chamamos a atenção na sala de aula". Para a professora Valdeci Costa, diretora dessa mesma unidade, o desafio de encontrar soluções para manter o interesse dos estudantes é grande, já que passam sete horas com eles, por se tratar de uma escola de tempo integral. 

Pra não soar como louvor em boca própria (rs...), vejam:





Veja também  outros vídeos do curso.

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A todas e todos que têm acreditado no nosso trabalho, muito obrigado, de coração.

Que tenham um Feliz Natal e um Ano Novo com grandes realizações.

Até 2016!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Memorial do TOPA: A Arte de Lembrar - 4º Encontro Estudantil




Posted on by Cobertura Colaborativa Estudantil

Por: Joalva Moraes

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Memorial do TOPA: A Arte de Lembrar. Foto: Bira Mendes


Olá, pessoal!

Passeando pelo 4º Encontro Estudantil, encontrei um espaço dedicado ao projeto que luta contra o analfabetismo em nosso estado, o Memorial do TOPA: A Arte de Lembrar. O TOPA (Todos pela Alfabetização) existe desde 2007 e já contribuiu com mais de um milhão de jovens, adultos e idosos a aprenderem a ler e escrever.

No Memorial, podemos encontrar material didático utilizado pelos alfabetizadores, fotos, trabalhos escolares e artesanato feito pelos estudantes, além de outros itens que ajudam a contar a história do TOPA. Branca Queiroz, assessora da Superintendência, informou que o projeto está presente em todos os municípios baianos, funcionando em salas de aulas de Unidades Escolares ou em espaços cedidos por outras instituições ou pessoas que abraçaram esse causa.

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Fotos e artesanatos – Memorial do TOPA. Foto: Bira Mendes.


Já foram mais de 30 mil pessoas formadas para atuar como alfabetizadoras e coordenadores, afirmou Célia Coelho, coordenadora pedagógica do TOPA. Segundo ela, a iniciativa ganha força com a parceria dos movimentos sociais: “Fazemos um evento chamado Escuta Aberta, lá esses parceiros nos ajudam a gerir esse projeto que tem um caráter de inclusão, emanciapação, fazendo valer o direito à educação”.

Jandeci Carvalho, de Alagoinhas, é uma alfabetizadora entusiasmada: “Tenho orgulho de participar desse projeto, apesar das dificuldades”. A sala de aula de Jandeci é a garagem de sua casa, onde 18 alunos já encontram-se letrados. Vilma Lima é um deles. Depois de criar e formar seus três filhos, trabalhando como faxineira de uma escola, aos 60 anos, ela resolveu investir em si mesma: “Eu sempre limpei quadro, mas escrever nele, só agora”.



Joalva Moraes é professora e jornalista da Rede/TV Anísio Teixeira, IAT, Secretaria da Educação.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Continuamos no 4° Encontro Estudantil


Nesta reportagem, conhecemos alguns detalhes das "Mesas de Interesse Juventude e Mundo do Trabalho". Temas contemporâneos e a inserção do jovem no mercado de trabalho foram alguns assuntos abordados. (Tayline Alves)




Nesta [outra] reportagem, mostramos alguns detalhes da Tenda Digital, como a Mostra Fotográfica Faces da Escola, a Culminância Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais, o Palco Livre, o Espaço Conectados. Ainda tem uma breve entrevista com o professor da Faculdade de Educação da UFBA, Nelson Pretto. (Tayline Alves)




Visite o Ambiente Educacional Web, o Blog do Professor Web e o espaço da Professora Online.

Vem pra Arena! Hoje é o último dia!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Estamos no 4° Encontro Estudantil



A Arena Fonte Nova recebe, mais uma vez, estudantes e professores de todo o estado, num grande evento, o 4° Encontro Estudantil. A Rede Anísio Teixeira se faz presente com a 3ªTenda Digital, um espaço aconchegante e atraente no qual os visitantes podem acessar todas as nossas produções, além de poderem se apresentar, livremente, no Palco Livre.

Para um evento dessa grandeza, a Rede AT preparou alguns estudantes para a cobertura jornalistica do evento. Veja quem são e o que aprenderam a fazer.




E você? O que está esperando. Vem pra Arena!

Acompanhe nossas postagens no Blog do Professor Web

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Atitude Estudantil - A nova produção da Rede/TV Anísio Teixeira e TVE-BA


Gravação de quadros externos - Foto: Geraldo Seara

Por: Joalva Moraes


A mais nova produção da Rede/TV Anísio Teixeira é o programa de auditório, Atitude Estudantil. Em parceria com o IRDEB/TVE-BA, o Atitude é um projeto ousado que pretende levar ao público em geral  a riqueza das produções artísticas, científicas e culturais dos estudantes e professores das escolas públicas estaduais de todo o Estado da Bahia. 

Com uma linguagem lúdica, interativa e dinâmica, esse programa terá a duração de 120 minutos, distribuídos em 8 blocos. Entrevistas, música, dança, poesia, artes visuais, fanfarras, vídeos estudantis, corais, culinária, jogos educativos, experiências científicas, tudo isso acontecerá no palco do Atitude. Os estudantes que foram destaques nos projetos estruturantes da Secretaria de Educação, como o Festival Anual da Canção Estudantil - FACE, o Tempos de Arte Literária - TAL, o Artes Visuais Estudantis - AVE, o Dance, o Encante, o Produções Audiovisuais Estudantis - PROVE, terão mais uma oportunidade de mostrar todo o seu talento.


Foram meses de trabalho árduo de pesquisa, pré-produção, roteiro e produção. Os quadros externos dos seis primeiros programas já foram produzidos e estão em período de finalização. Nesses primeiros, foram contemplados os seguintes territórios de identidades: Salvador e Região Metropolitana, Recôncavo, Portal do Sertão e Vale do Jiquiriçá.


Gravação do quadro Poesia É - foto: Geraldo Seara


Os quadros que compõem o Atitude Estudantil são: Tempere com Saber, Dicas da Rede, Experimente com Ciência, Jajá da Bahia, EquAção, Poesia É, Cante aí!, Na Tela, Se Jogue!.


Gravação do quadro Jajá da Bahia - Foto: Geraldo Seara



Mostrar as artes, a ciência,  a cultura, a história dos 27 territórios de identidade do nosso estado, esse é o maior objetivo do Atitude Estudantil que você poderá conferir em 2016, na TVE-BA. Fique ligado! 



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Atitude Estudantil: breve na sua tela


Por Geraldo Seara


Colégio Estadual Daniel Lisboa - Pau da Lima
Foto: Geraldo Seara

Começaram as gravações externas do novo programa da TV Anísio Teixeira, mais uma parceria com a TVE. O programa será de auditório e contará com a participação das comunidades escolares - principalmente estudantes - e pretende contemplar vários Territórios de Identidade do nosso estado. Por isso, já estamos nas ruas e estradas, registrando tanto as experiências dos estudantes até as peculiaridades dos territórios visitados. Os vídeos vão preencher os quadros que tratam das ciências e das artes, incluindo a rica culinária dos vários Territórios de Identidade visitados.


Colégio Estadual Daniel Lisboa - Pau da Lima
Foto: Geraldo Seara

Das escolas, estamos coletando as experiências realizadas  que promoveram algum tipo de intervenção na realidade local. Pelas ruas, buscamos a matemática cotidiana e a história das localidades, enquanto encontramos, nas cozinhas, o saber por trás dos sabores.


Tânia (baiana de acarajé) e Marta Helena (produtora)
Foto: Geraldo Seara

A equipe em ação. Foto: Geraldo Seara

O carismático Jajá (Lucio Lima) nos revela o que há pra se ver em cada localidade por onde passa. Ele já nos levou ao Acervo da Laje, em Plataforma e a Baiacu, na ilha. Pense numa figura! É esse cara.


Jajá (Lúcio Lima) pelas ruas de Plataforma. Foto: Geraldo Seara


Jája (Lucio Lima) e Thiago (Keops Maciel) conversam
com a marisqueira Dona Cleonice, em Baiacu. Foto: Geraldo Seara

André na claquete do fala povo sobre matemática, em Feira de Santana
Foto: Geraldo Seara

O diretor Harrison Araujo, no fala povo, em Feira de Santana
Foto: Geraldo Seara

Uma vez reunidos no auditório, estudantes e professores de várias comunidades escolares vão poder interagir, ao vivo, com os convidados e com os quadros externos que, ora, estamos gravando. Além disso, haverá no palco games, música, literatura e muitos experimentos.

Para mais fotos do nosso making of acesse a página do Atitude Estudantil.




quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Caminhada Tupinambá


Os Tupinambás de Ilhéus

Por Nildson B. Veloso




Enfim... 

Chegamos ao final de uma semana repleta de produtividade, conhecimentos, trocas de experiências e compreensão mais aprofundada sobre a causa indígena, que, por sinal, não é apenas dos índios, e sim, de todos nós. Claro que algumas questões precisam ser revistas e discutidas a começar pelo termo “índio”, que para alguns guardiões ou nativos não representa o nome do seu povo, pois não são nascidos na Índia. 




Durante a Caminhada em direção à praia do Corurupe, víamos em cada olhar a força do guerreiro que não impunha mais artefatos de guerra, mas o olhar. Esse sim, representava em cada um a força e o desejo de Tupã e da mãe Jaci. 




À medida que nos aproximávamos do ponto final, a alegria e os cânticos ecoavam com mais energia e emoção e as reflexões a nós chegavam como flechas, trazendo, ao invés de dor, uma paixão... Paixão por um povo que, embora ainda hoje acuado pelas especulações imobiliárias, os levando cada vez mais para dentro da mata distanciando-os do mar, é um povo que acredita no ser humano, que tenta buscar formas de resolver seus problemas através de diálogos – esses são valores da sua civilização. 




A Caminhada deixa, além de outras, a lição pelo respeito aos seus anciões que são a base de sua educação 

– Ah, como seria bom isso dentro da nossa civilidade!  que ensina seus filhos a ouvir e aceitar o conselho dos mais velhos. Isso, notoriamente, é percebido entre os menores das aldeias. 




Nas retóricas dos caciques e vice-caciques, algumas palavras escorregavam, levando a acreditar que eles precisam realmente se unir mais, esquecendo as diferenças internas para que não se fragmentem e, então, se fragilizem, como numa tática de guerra que faz com que o adversário se enfraqueça. 




Outra dessas táticas está na negação da existência deles que, estranhamente, é percebida conversando com alguns moradores de Ilhéus, quando perguntados se conhecem os tupinambás e os mesmos fazem uma expressão de não saber do que se trata, assim como a negação identitária feita por muitos quando lhes são proibida a identidade indígena. 




Precisamos ver a cidade de Ilhéus não apenas como cenário dos romances de Jorge Amado, mas como local vivo da nossa história que ainda é habitado por muitos índios hoje conscientes de seus direitos pelas terras que, inegavelmente, lhes pertence. 




Awere!


Fotogramas: Nildson B. Veloso

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Siga os links para assistir aos vídeos Caboclo Marcelino e ao Making of.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Vídeo Caboclo Marcelino entregue à comunidade


Por Geraldo Seara

Chegada de ônibus à Escola Indígena


Na última sexta-feira, 25/9,  o VII Seminário Índio Caboclo Marcelino teve como cenário a Escola Estadual Indígena de Olivença. Para lá, nos deslocamos todos nós - professores, estudantes, pesquisadores, funcionários, cineastas e crianças. Gente de muitas outras culturas e línguas interessada na história daquele que é considerado um herói para o povo Tupinambá. 


Ritual Tupinambá: o respeito desde cedo.

Como sempre, antes de qualquer atividade, todos participam do ritual sagrado a Jacy. Gerações, povos e línguas, numa mesma sintonia, aprendendo para compreender e preservar.


Ritual Tupinambá a Jacy


Pesquisadores, cineastas, professores, todos juntos no ritual

Depois do ritual, todos fomos para a sala de vídeo da escola (devido à claridade do ambiente externo). Acomodados no chão, iniciamos a projeção. Cumprimos a missão?

Caboclo Marcellino.





Na tela, a ficção dos jornais da década de 1930, em contraste com os fatos reais da memória dos que sofreram na pele - os anciões - cujos relatos foram registrados no primeiro livro de Katu Tupinambá, base do filme. Assim, professores e funcionários da comunidade escolar indígena se viram na tela, dentro da história que escolheram contar como trabalho de finalização do Curso de Interpretação que a Rede Anísio Teixeira tem levado a várias escolas da rede estadual. Na espera, tensos, estávamos nós os realizadores do vídeo,  ante a responsabilidade imensa de contar, em minutos, a luta desse herói.


A plateia, diante das cenas de "Caboclo Marcelino".


A plateia, diante das cenas de "Caboclo Marcelino".

As expressões da plateia nos acalmaram. No final, ouvimos palavras de gratidão dos nativos e de elogiose incentivo dos que vieram de fora. Sim: Marcelino era uma ameaça, mas apenas para a elite da região. Sendo o único indígena que sabia ler e escrever, isso não poderia ser diferente.


Ser ou não ser [tupinambá]? Eis a questão!
Nildson B. Veloso, professor de Teatro e diretor do filme.

Missão cumprida!

Siga o link para assistir diretamente do Ambiente Educacional Web.

Fotos: Geraldo Seara

P.S. Próxima postagem: a Caminhada Tupinambá.




quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Rede AT no VII Seminário Índio Caboclo Marcelino e XV Caminhada Tupinambá


Por Geraldo Seara

Imagem extraída da página do seminário, no Facebook


A Rede Anísio Teixeira tem a honra de se fazer presente, mais uma vez, entre os Tupinambás. 

A comunidade está em movimento constante, nesses 5 séculos de luta, desde a chegada dos invasores e do grande massacre (1559) de seres  humanos, cujos corpos, estirados na areia, chegavam a cobrir 6 Km! 

Nos tempos atuais, este Seminário marca o sétimo ano de avivamento da memória das comunidades indígenas e da sociedade em geral, o sobre a luta do Caboclo Marcelino, um índio que, na década de trinta, foi perseguido, preso e torturado, por reivindicar o que era direito dos primeiros habitantes deste país. Por saber ler e escrever, Marcelino era considerado perigoso e, não tardou, a imprensa da época começou a lhe atribuir adjetivos pejorativos que aumentavam ainda mais os motivos que os coronéis precisavam para eliminá-lo de vez da sociedade. Hoje ninguém sabe do seu paradeiro, mas Marcelino continua vivo na memória do Povo Tupinambá.

No ano passado, a Rede Anísio Teixeira levou, aos estudantes da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença, o Curso de Interpretação para TV e Produção Audiovisual. Esse encontro resultou na realização de um vídeo sobre o Caboclo Marcelino. Este vídeo será exibido e presenteado aos Tupinambás, nesta ocasião.

Assista a trechos do curso e making of do curta:




Além do VII Seminário Índio Caboclo Marcelino a região será também sacudida pela XV Caminhada Tupinambá, em memória não só de Marcelino, mas também das vítimas do Massacre do Rio Corurupe.



Veja e baixe os vídeos diretamente do Ambiente Educaional Web 

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Rede AT na Comissão Julgadora do Prove - NRE 26



Professoras da Rede AT na seleção do PROVE - NRE 26

Na última sexta-feira (28), as professoras, da Rede Anísio Teixeira, Geize Gonçalves, Joalva Moraes e Fátima Coelho participaram da seleção dos destaques dos Projetos Estruturantes da NRE 26, que ocorreu nas instalações do Centro Juvenil de Ciência e Cultura -CJCC, no Colégio Central da Bahia.

As professoras compuseram a comissão julgadora do Prove - Produções de Vídeos Estudantis. Foram inscritos 23 vídeos e 15 deles foram escolhidos para a seletiva regional. As docentes avaliaram como muito positiva a participação dos estudantes da escola pública, em especial da capital, já que a versão final dos vídeos, de até 5 mim, demonstrou  a motivação e mobilização desses jovens para produzir seus próprios filmes.


Na oportunidade, foi possível expor as ações desenvolvidas pela Rede Anísio Teixeira para todos os profissionais presentes que julgaram os projetos artísticos, como: Tempos de ArtesLiterárias - TAL, Artes Visuais Estudantis - AVE, Festival Anual da CançãoEstudantil - FACE, Encontro de Canto e Coral - ENCANTE, DANCE, além do PROVE.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Curso de Audiovisual para Professores e Estudantes de Senhor do Bonfim - Inscrições Abertas



Equipe CJCC Salvador - Foto: Profª Teo


Estão abertas, até 24 de agosto, as inscrições para o curso Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais, realizado pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia por meio da Rede Anísio Teixeira (Rede AT) e dos Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC) Salvador e Senhor do Bonfim, em parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Estado da Bahia (Facom/Ufba). Nesta edição, o curso será realizado de 04 a 26 de setembro, no CJCC, em Senhor do Bonfim.

Serão aceitas inscrições de grupos com até cinco componentes, que podem ser compostos de estudantes e professores. Para participar do curso, é preciso assistir ao vídeo do Prof. José Roberto Severino, disponível no (https://www.youtube.com/watch?v=trlvf5Tiw5k) , com orientações para que o participante possa submeter suas ideias de produção.


O curso, com carga horária de 40 horas, tem o objetivo de incentivar a produção de vídeos por estudantes e professores da rede pública estadual de ensino, com o olhar voltado para a valorização das suas culturas e das realidades das comunidades onde moram ou estudam, sensibilizando a escola como um todo para o uso das tecnologias.
Para o professor José Roberto Severino, essa aproximação com a escola é intencional e acredita que ela seja uma espécie de núcleo cultural, sendo o audiovisual uma linguagem importante no processo de ensino e de aprendizagem. Ao final do projeto, será realizada uma mostra com os produtos audiovisuais da formação, que deverão ter licença livre (Creative Commons) e serão disponibilizados no Ambiente Educacional Web. O resultado da seleção será divulgado no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br) dia 28 de agosto.



sábado, 8 de agosto de 2015

Rede AT em Côcos - BA


Por Geraldo Seara

A Rede Anísio Teixeira realiza formação no Colégio Estadual de Côcos, município do Oeste baiano, quase na fronteira com o estado das Minas Gerais.

Centro de Côcos. Foto: Geraldo Seara

Côcos é uma cidade hospitaleira, cujo povo recebe com alegria seus visitantes. A receptividade dos estudantes e professores do colégio não foi diferente, transformando os momentos da formação em um grande encontro, igual ao de velhos amigos.

Andar nas ruas da cidade é como visitar um grande celeiro cultural, feito de pessoas de vários sotaques, que põem cadeiras na porta da rua, ao entardecer e que dizem “trem” e “uai”. Também pudera! A cidade está a poucos quilômetros da fronteira com os estados das Minas Gerais e de Goiás. Fazem parte do povo do lugar, também, paulistas, gaúchos, dentre as várias origens, contribuindo para a sonoridade das falas. 


Estudantes a caminho do set de filmagem. Foto: Geraldo Seara

Desde 29 de julho, os estudantes e professores têm mergulhado na interpretação e no mundo audiovisual, através de uma das ações da Rede Anísio Teixeira que é a de formação. O curso, intitulado Intensivo de Interpretação e Produção de Vídeos Estudantis, instrumentaliza os participantes para outras leituras e escritas, tendo a câmera como lápis e a tela como papel. Em Côcos, também participaram do curso o professor Fábio, a professora Edilce e o funcionário Renan.


Prof. Nildson, prof. Edilce, prof. Fábio juntos com os estudantes, 
durante o curso

O curso é constituído de 4 etapas, sendo a primeira de contato com a escola, realizado por Marta Helena, para inscrições e seleção dos participantes. A seguir começamos um minicurso a distância, para a construção de argumentos e roteiros, mediado pelo professor Marcus Leone (Roteiro). As etapas seguintes - presenciais - são conduzidas pelos professores Nildson B. Veloso (Interpretação), eu, Peterson Azevedo e Rodrigo Maciel (Realização). 

 
Elenco de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes

A história escolhida pelo grupo conta um pouco da situação em que se encontra o sítio arqueológico, localizado na Fazenda Tatu, no município de Côcos, local que necessita da atenção das autoridades para a preservação da memória dos seus antigos e primeiros habitantes, estes expulsos do lugar. Assim, além de aprenderem mais sobre a própria história, os estudantes pretendem realizar uma intervenção na situação atual do sítio, visando à preservação desse valioso patrimônio.


Equipe de Arte confeccionando uma saia. Foto: Geraldo Seara

Nesta etapa de realização os estudantes se escalam para as várias funções no set, contribuindo com o que têm mais afinidade. Uns se encarregam do roteiro, outros da produção, outros do figurino e assim por diante. É no set, com a prática, que o aprendizado se consolida.


Making of de A História de um Sítio. Foto: Geraldo Seara

Equipe de Maquiagem. Foto: Geraldo Seara

Aderecista. Foto: Geraldo Seara
Indígenas a postos para a gravaçao. Foto: Geraldo Seara
Os capangas prontos para atuar. Foto: Geraldo Seara

Maquiagem para uma das cenas mais dramáticas

E começam as gravações. Atrás das câmeras, os que não estão em cena, mas todos precisam ficar atentos. Observar, fotografar e fazer anotações continuam valendo. É por isso que temos como ilustrar esta postagem.


Making of de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes

Professor Peterson Azevedo. Foto: Geraldo Seara

No set, o conteúdo das aulas se revela. Foto: Luana Nunes
 
Professor Rodrigo Maciel no Making of de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes

Cena de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes


O tempo todo contamos com o apoio irrestrito da diretora do colégio, a professora Carliene Oliveira e do professor Fabio, sempre atentos e a postos para contribuir na produção do filme, do transporte à alimentação... Abaixo, Carliene ajuda a preparar os cartazes para a cena final. Além disso, a diretora fez uma participação especial, interpretando a escrivã do cartório. O professor Fábio interpretou o personagem que se apossou das terras dos indígenas.


O professor Fábio Lopes orientou a construção das frases
Foto: Geraldo Seara

A diretora Carliene produzindo material para a cena final
Foto: Geraldo Seara
Finalizamos nossas gravações com a cena da manifestação pública, para chamar a atenção das autoridades sobre a urgente necessidade de reverter o quadro de abandono do Sítio Arqueológico de Côcos.


Making of da manifestação nas ruas de Côcos. Foto: Carliene Saoli

Pose na porta da prefeitura

Às margens do rio Itaguari, gravamos entrevistas com o professor Fábio e a diretora Carliene. Seus depoimentos puseram mais peso de responsabilidade sobre nossos ombros, junto com doses de ânimo e otimismo para continuarmos nossa jornada. Só temos a agradecer por tudo o que colhemos aqui e, em nome da Rede AT, abraçamos a todos do Colégio Estadual de Côcos que estiveram, direta ou indiretamente envolvidos na produção. Destaque para as merendeiras cuja dedicação e temperos não nos deixaram fraquejar.


A diretora Carliene, em entrevista à equipe da Rede AT
Foto: Fábio Lopes


O professor Fábio Lopes, em entrevista à equipe da Rede ATFoto: Carliene Saoli



Próxima parada: Senhor do Bonfim - BA. Obrigado, Senhor por pessoas tão generosas e empenhadas!

 
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