quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Conheça a Rede Anísio Teixeira

             

“O nosso sonho é ter o fruto deste trabalho colhido na escola. É ver professores, estudantes, funcionários, direção e comunidade se unindo e colaborando para a melhoria de suas realidades”

 

Criada para atender às demandas de pesquisa, formação e experimentação para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nos processos de ensino e aprendizagem do IAT, a Rede Anísio Teixeira é responsável pela produção de todo o material do ambiente educacional da web. À frente do programa, o educador Yuri Wanderley comanda uma equipe criativa e multidisciplinar. E para falar um pouco mais sobre os projetos da Rede AT, Yuri recebeu, com exclusividade, a equipe de comunicação do IAT. Confira abaixo.

 
. O que é exatamente o programa Rede Anísio Teixeira?
Um programa de difusão de linguagens e tecnologias da informação e da comunicação da rede pública estadual de ensino. Ela foi criada em 2008 com o objetivo de atender às demandas voltadas para pesquisa, produção, formação e experimentação nos processos de ensino e aprendizagem. A Rede AT é vinculada à Diretoria Geral do IAT e constituída por uma equipe interdisciplinar organizada em núcleos de atuação específica e responsáveis pela execução dos projetos. São eles, o Núcleo Pedagógico, o de Produção Audiovisual, o de Comunicação, o de Designers e o de Desenvolvimento de Softwares Educacionais. Boa parte das produções realizadas pela Rede AT estão disponíveis na internet e aqui estão algumas de suas principais ações:
- Construção da segunda fase do Portal da Educação, em parceria com a ASCOM e CMO/SEC;
- Produção e difusão dos programas da TV Anísio Teixeira;
- Administração do Portal do Educador Baiano;
- Administração e desenvolvimento do Ambiente Educacional Web e de outros softwares educacionais;
- Desenvolvimento da Rede Social da Educação, em fase de homologação;
- Administração do Blog e das Redes Sociais do Professor Web;
- Realização de Caravanas Digitais em escolas e eventos;
- Produção, pesquisa e catalogação de Conteúdos Digitais Educacionais;
- Formação para o uso e produção de tecnologias e mídias educacionais com professores/articuladores dos projetos estruturantes, em parceria com os NTE;
- Gestão da comunicação interna e externa do IAT;
- Publicação dos periódicos: Boletim IAT, Boletim do Educador e Informes IAT
- Criação, produção e desenvolvimento de oficinas, seminários, cursos e videoconferências
- Criação de peças de identidade visual, design editorial e digital.
 
. Como está sendo o trabalho de formação de multiplicadores de tecnologia da informação para a escola pública?
A formação para uso e produção de tecnologias e mídias educacionais é uma ação conjunta da Rede AT e da Coordenação de Tecnologias Educacionais/DIRED, através dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). Ela teve início no primeiro semestre de 2012 com a realização do módulo voltado para o uso de mídias e tecnologias educacionais. Os professores dos NTE de todo o Estado proporcionaram uma rica troca de conhecimentos e experiências com os professores e colaboradores da Rede AT. Foram realizadas cinco videoconferências que, além de discutirem a realidade do uso das tecnologias nas escolas, apresentaram as tecnologias educacionais desenvolvidas pela SEC/IAT e contaram com a participação de pesquisadores voluntários, que trataram de temas variados, como segurança na internet, direitos autorais, softwares livres e produção colaborativa. Além desses momentos presenciais, a formação contou com momentos de interação no AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), onde foram aprofundadas discussões sobre as estratégias de utilização das tecnologias na escola pública. O resultado foi um planejamento elaborado com os professores de todos os NTE que, também, ajudaram a construir a segunda etapa da formação. Concluíram o curso 81 professores e 13 coordenadores dos NTE. Na segunda etapa, já em curso, os professores dos NTE estão realizando a formação com professores e articuladores de projetos estruturantes da Secretaria, como o EM-Ação, Gestar, Ciência na Escola e Emitec. Até o final do ano, estarão formados mais 200 professores. Para 2013, está prevista a realização da formação para produção de mídias e tecnologias educacionais entre os professores da Rede AT e os dos NTE, e também a realização da formação para uso dessas mídias com os professores articuladores dos projetos estruturantes lotados nas escolas. O objetivo é que os professores, que vivem o dia a dia da escola, possam ser parceiros dos colegas e dos estudantes, contribuindo para a inovação de práticas pedagógicas e para a construção de processos colaborativos mediados, ou não, pelas novas tecnologias.
 
. Quais os próximos passos da TV Anísio Teixeira?
Apesar de ser relativamente nova, a TV já conseguiu mostrar a qualidade de suas produções. O nosso desafio atual é continuar trabalhando neste nível mas, também, permitir que estudantes e professores participem cada vez mais das produções, não apenas como espectadores ou como fonte, mas como protagonistas e realizadores. A este desafio está aliada a necessidade de realizar produções que consigam dar conta da diversidade proporcionada pelo tamanho e multiplicidade cultural do nosso Estado. Para isso, contamos com o apoio da TVE/IRDEB que, desde antes da criação, já colabora com o sucesso deste projeto. No ano passado, a equipe da TV trabalhou na conclusão da produção de sete programas, quatro inter-programas e uma série de campanhas educacionais iniciadas em 2009. Todos estes programas já se encontram disponíveis para download no Ambiente Educacional Web e alguns deles estão sendo veiculados pela TVE. Além disso, desde 2011 a nossa equipe vem trabalhando para estruturar a TV no intuito de permitir que boa parte das produções seja feita pelos próprios professores e colaboradores internos. Neste sentido, estamos providenciando a aquisição de equipamentos de produção e realizando formações técnicas. Como resultado deste processo de formação da equipe, em 2012 foram produzidas 70 chamadas dos programas, sete VTs comemorativos e estamos finalizando a primeira temporada da série Faça Acontecer, que apresenta estudantes de destaque nas áreas de música, artes visuais, literatura, dança e ciências em todo o Estado. Ainda em 2012, daremos início à produção de um novo programa de TV que será exibido em 2013. Os quadros e as pautas já estão definidos e breve iniciaremos a elaboração dos roteiros.
 
. A escola pública tem tido acesso aos conteúdos digitais educacionais? Como tem sido esse retorno?
Em 2012 registramos um aumento de aproximadamente 30% no número de acessos às nossas mídias. A partir das formações realizadas, o número de professores que estão utilizando os conteúdos digitais vem aumentando gradativamente. Além dos conteúdos disponibilizados no Ambiente Educacional Web, os professores podem ter acesso a diversos outros conteúdos em portais que oferecem recursos abertos de excelente qualidade, isto é um facilitador. Com o lançamento da segunda fase do portal, que traz diversas novidades e a ampliação das formações, a tendência é que o acesso continue aumentando. Temos tido retornos positivos com relação às produções realizadas e isso se percebe, principalmente, nas redes sociais do Professor Web, onde os estudantes e professores se sentem mais à vontade pra expressar suas opiniões.
 
. O que é preciso para o professor da escola pública se apropriar e produzir tecnologias e mídias educacionais?
É preciso vontade, conhecimento e recursos. Inúmeras ações já estão sendo desenvolvidas nas escolas e muitos professores já demonstram, através de suas práticas, que é possível fazer usos legais das tecnologias no ambiente escolar. É importante compartilhar estas boas experiências. Para contribuir neste processo, a Rede AT, de forma complementar à formação, desenvolve um projeto de experimentação pedagógica, que coloca em prática uma metodologia de apropriação tecnológica, em que a base é o uso dos mesmos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas para fazer a gestão e a produção do Professor Web, personagem criado para interagir com professores e estudantes na internet. Todos os trabalhos desenvolvidos neste projeto utilizam fontes, aplicativos, tecnologias e conteúdos de licenças livres, e buscam adotar um modelo de autogestão, similar ao que pode ser aplicado nas escolas. Esperamos compartilhar estes conhecimentos e esta metodologia com os professores e estudantes, através das nossas formações e interações, para com isso, poder ajudá-los nas apropriações. O nosso objetivo é poder fortalecer o conhecimento com estratégias de utilização e colaboração.
 
. Quais as perspectivas da Rede AT para os próximos anos?
Continuar se estruturando como um centro de produção de mídias e tecnologias educacionais e ampliar o alcance da formação para o uso e a produção de mídias e tecnologias para todos os professores da rede pública. Como resultado destas metas, o objetivo maior é contribuir para a criação de uma rede colaborativa de produção, constituída por professores e estudantes de escolas públicas das mais variadas localidades do nosso Estado através da troca e da construção de conhecimentos e práticas em comum.
 
. Qual o seu sonho como coordenador da Rede Anísio Teixeira?
É ter o fruto deste trabalho colhido na escola.  É ver professores, estudantes, funcionários, direção e comunidade se unindo e colaborando para a melhoria de suas realidades. Esta colaboração já acontece e o nosso objetivo é fortalecê-la dentro do ambiente escolar. E através das apropriações que podem ser feitas das novas tecnologias, contribuir para que essas transformações ultrapassem os muros da escola, as fronteiras dos bairros e qualquer tipo de barreira geográfica, cultural, econômica e social.
 
. Gostaria de acrescentar alguma coisa?
O desafio da apropriação tecnológica nas escolas não é simples, por isso entendemos que a colaboração, em todos os níveis, é a base deste trabalho. Nós, colaboradores da Rede Anísio Teixeira, convidamos a todos para participar dessa rede de colaboração e juntos ajudar a mudar a realidade daqueles que são o motivo de todo o nosso trabalho: professores e estudantes da escola pública.
 
 
Publicado originalmente no Portal do Educador Baiano.
 
 

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